Minha foto
Teresina, Piauí, Brazil
Associação dos Violeiros e Poetas Populares do Piauí - Casa do Cantador. Fundada em 15 de outubro 1977. Espaço de relevância cultural no Piauí que funciona como Centro de Pesquisa e de apoio a violeiros e poetas populares de vários lugares do Brasil. Localizada na Rua Lúcia, 1419, Bairro Vermelha, Teresina - Piauí - Telefone: (86) 3211-6833 E-mail: casadocantadordopiaui@hotmail.com

sexta-feira, junho 1

A MORTE NÃO É O FIM por Pedro Ribeiro

Antonio Pereira de Sena era um policial militar reformado, integrante dos quadros da gloriosa Polícia Militar do Piauí. Foi destacado como delegado em vários municípios do Piauí.
No exercício da difícil missão, Sena como era conhecido, não deixou inimigos por onde passou porque, no comando de suas funções, a meta era cumprir a lei, sem perseguições e violência.
Dia 21 de maio participava de um aniversário quando se sentiu mal e, pouco depois era vítima de violenta parada cardíaca.

Com cada amigo que morre
A gente parte também
É Lei Sagrada de Deus
Que ao destino convém
Todos nós somos mortais
Nem é menos, nem é mais,
Que vivemos nesse mundo
O destino marca o tempo
Partimos qualquer momento
Num sentimento profundo.

Quando em nossa juventude
Tudo é flor, é novidade,
Pois esbanjamos saúde
No palco da mocidade
Não nos preocupa a sorte
E nem pensamos na morte
Já qu’a vida é maravilha
Nossa vida é o presente
Alegres, sempre contente,
Pois o futuro nos brilha.

Mas surge o passar dos anos
Trazendo interrogações
Com lutas e desenganos
Modificando as ações
É inversão do passado
Novo caminho traçado
Pra construir o futuro
Com mulher, filhos e netos,
Formatar outros projetos
Pro novo mundo seguro.

A caminhada do Sena
Construída com sucesso
Com atitude serena
Edificando o progresso
Um militar de valor
Caráter superior
Com invulgar dignidade
Honrou sua profissão
Com toda dedicação
Com imparcialidade.
A vida é uma passagem
Para percorrer o mundo
Construir uma mensagem
Do simples para o profundo
Para difundir o amor
Na pregação do Senhor
Com a paz para esperança
Vivendo para irmandade
Pregando a fraternidade
Espalhando confiança.

Sena era muito admirado
Para cumprir seu dever
E por todos respeitado
Pelo que tinha a fazer
Amigo, simples, fiel,
Perdi o meu coronel
Não praticava injustiça
Por todos tinha respeito
Honesto, amável, direito,
Sem s’afastar da justiça.

Aonde foi destacado
Apenas deixou amigos
Seu trabalho elogiado
Sem arranjar inimigos
Sempre impunha sua ordem
Dirigia sem desordem
Pois sabia comandar
E todos lhe obedeciam
Porque todos lhe queriam
Dia e noite a trabalhar.

Quem sabe plantar o bem
Distribuir amizade
Receberá recompensa
Com toda amabilidade
Na terra foi um troféu
Foi recebido no céu
Pelo trabalho que fez
Jamais será esquecido
Vivo ou morto aplaudido
Com respeito e altivez.
Sena deixa uma família
Mergulhada na tristeza
Entre choro, dor e lágrimas,
Numa triste realeza
No suplício da saudade
Só Deus com sua bondade
Pode trazer o conforto
De um novo entendimento
Na inversão do momento
Na concepção do morto.

Sena partiu, mas deixou,
Edite pra comandar
Três filhas; Helizoleide,
Helenilza pra somar
E Helizeuda completa
Paulo Rosa faz a meta
Com outro genro Paulinho
Paula Camila e Vitória
Paula e Artur fazem glória
Eduarda são netinhos.

Se a morte fosse o fim
A vida não tinha brilho
Jesus foi Mestre e filho
E a todos falou assim:
Não se esqueçam de mim
Que lhes darei o perdão
Ouvirei a oração
Que for a mim dirigida
Depois da morte outra vida
Para glorificação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário