O teatro de Arena ficou
pequeno para o XL Festival de Violeiros do Norte e Nordeste, este ano
comemorando o centenário e Domingos Fonseca. Foram milhares de pessoas, e
inúmeras personalidades que prestigiaram o evento cultural que já é consagrado
no calendário piauiense.
Lázaro do Piauí, presidente
da Fundação Monsenhor Chaves, e o prefeito da capital Firmino Filho estiveram
presentes e atentos a cada apresentação. “Essa é uma boa e grande tradição da
nossa cidade”, afirmou ele sobre o Festival. E ressaltou ainda: “São poucos
eventos que tiveram 40 edições, e que possamos continuar”. Em sua fala ele lembra que o projeto Cordel
nas escolas logo vai ser executado.
Ao longo das apresentações
os violeiros cantaram sobre o mais variados temas: cultura, fome, mar, o nosso
clima, e fizeram homenagem ao violeiro já falecido Calistão, personalidade
carismática do mundo do repente. Mas o ápice do Festival se deu no lançamento
do livro Domingos Fonseca - Imortal do Repente, onde Pedro Ribeiro, organizador
do evento, fez reverência ao poeta com belas palavras sobre sua trajetória e
logo em seguida Zé Viola e Edmilson Ferreira cantaram ao Imortal.
Além do livro ser um resgate
do legado de Domingos Fonseca, a sua venda permite a manutenção da Casa do
Cantador, que recebe violeiros de todo o Piauí durante o ano.
Um destaque da noite entre
as trinta duplas que se apresentaram no Festival foi Marcelane Araújo, a jovem
de 17 anos que já lançou nove Cd’ s junto ao seu pai Chaguinha da Viola. A
única mulher repentista do primeiro dia de Festival, numa representação
significativa da mulher na arte do Improviso.
O Festival prossegue até
domingo, trazendo na noite de hoje a poetiza pernambucana Mariana Teles, para
declamar pela primeira vez para a grande plateia teresinense às 20h00. A participação
de mais 200 repentes e milhares de espectadores torna o evento a maior festa cultural
de todos os tempos.
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