Já estamos sentindo o grande
festival de violeiros que despertou o mundo para o resgate da Literatura de
Cordel. Esse sonho foi realizado em 1971 quando conseguimos reunir os
remanescentes dessa arte maravilhosa, para não cumprir extermínio completo
engenho do improviso.
Foi um acontecimento
marcante que recebeu o apoio de Fortaleza/CE que se incorporou ao movimento e
realizou o II Festival, despertando, a partir daí, o Nordeste que acordou para
o perigo que estava mergulhado e, arregaçou as mangas e partiu,
definitivamente, para a reestruturação dos festivais.
Em 1975, um acontecimento
importante veio contribuir para a nova caminhada do repente. Chegou a Teresina
uma equipe de pesquisadores de cordel, vinda dos Estados Unidos, gravando e
filmando o III Festival de Violeiros do Norte e Nordeste. Esse acontecimento
marcou, efetivamente, uma nova história, o interessante do exterior por essa
atividade.
Nesse mesmo ano, o então
prefeito de Teresina, professor Wall Ferraz incorporou o festival de violeiros
às solenidades comemorativas do aniversário de Teresina.
Por outro lado, os vários
estados nordestinos, deslancharam na realização de novos encontros, nas
capitais e cidades do interior.
O gosto pelo repente
ressurgiu, nas camadas mais idosas, enquanto a juventude se empolgou e partiu,
definitivamente, para o aprendizado da arte do improviso, revelando grandes
talentos que, no momento, constituem a verdadeira elite dos cantadores.
Destarte, o festival de
Teresina passou a revelar talentos e, por outro lado, despertou atenções da
juventude que passou a freqüentar as dependências do Teatro de Arena ao lado
dos mais velhos e com vibração mais empolgante.
Nesta sexta-feira, dia 23,
será iniciado o XL Festival de Violeiros do Norte e Nordeste, em homenagem ao
centenário de Domingos Fonseca, considerado, pela critica, um verdadeiro gênio
da arte de improvisar.
Na abertura do festival, dia
23, estaremos lançando ao público, o livro “Domingos Fonseca- Imortal do
Repente”, uma pesquisa que realizamos sobre o Rei do Galope, durante mais de
quarenta anos.
Domingos Fonseca é,
inegavelmente, um verdadeiro gênio do repente e lamentamos que, em sua época,
ainda não estava em circulação a tecnologia dos computadores e gravadores para
não deixarem o grande poeta, praticamente sem memória.
Convidamos nossos leitores a
prestigiarem, com suas presenças, o centenário do maior repentista nacional de
todos os tempos, o piauiense de Miguel Alves- Domingos Fonseca.
Por: Pedro Mendes Ribeiro
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