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Teresina, Piauí, Brazil
Associação dos Violeiros e Poetas Populares do Piauí - Casa do Cantador. Fundada em 15 de outubro 1977. Espaço de relevância cultural no Piauí que funciona como Centro de Pesquisa e de apoio a violeiros e poetas populares de vários lugares do Brasil. Localizada na Rua Lúcia, 1419, Bairro Vermelha, Teresina - Piauí - Telefone: (86) 3211-6833 E-mail: casadocantadordopiaui@hotmail.com

sexta-feira, agosto 26

Provérbios:


“Viva sua vida e deixe-me em paz”
“Tudo está bem quando acaba bem”
“Quem tenta destruir os outros, está destruindo a si mesmo”

Estrofe da Semana:


Festival de Repentistas                                  
Orgulho de Teresina                          
Foram mais de cem artistas              
De Fortaleza a Campina
Festival inigualável
Espetáculo admirável
Da cultura popular
No mundo não tem maior
Além de ser o melhor
Impossível igualar.

QUEM FAZ O FESTIVAL

Desde o ano de 1971 que Teresina realiza o maior Festival de Violeiros do mundo. O evento foi idealizado para resgatar a Literatura de Cordel que havia desaparecido no planeta e agonizava no Nordeste brasileiro.
Foi um trabalho difícil e cansativo até os nossos dias mesmo com essa cultura já resgatada em todo mundo.
No início, a hospedagem era feita em residências particulares que abrigavam os violeiros com o maior carinho, conscientes da ajuda que estavam prestando a Literatura de Cordel.
Tudo era muito complicado: transmissão do festival, transporte dos violeiros, alimentação e, o pior – o pagamento de cachês.
O tempo foi passando e o festival crescendo dia a dia. O primeiro grande parceiro foi João Claudino que até hoje, ainda, representa o braço forte, sem o qual, o festival não poderia ser realizado.
Em 1975 surge o primeiro aliado do festival, no que tange a cachê, o prefeito Wall Ferraz inclui o evento às solenidades comemorativas do aniversário de Teresina e determina uma ajuda oficial para pagamento de cachê.
Nessa última década, o Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet, tem contribuído com o pagamento das despesas do festival. Como é do conhecimento de todos, a lei mencionada é de captação de recursos, no empresariado local, criando, destarte, enorme dificuldade.
À mídia do evento feita pelos nossos meios de comunicação queremos registrar nossos agradecimentos as TVs: Clube, Antena 10, Cidade Verde, Antares, Assembleia e Meio Norte; os jornais: Diário do Povo, O Dia e Meio Norte; rádios: Antares, Clube, Pioneira e FM Cultura.
O festival de Teresina é feito no Teatro de Arena sem cobrança de ingressos, atraindo multidões incalculáveis, vindas de todo Nordeste.
O número de artistas presentes surpreende a todos com uma frequência que varia entre cento e cinquenta e trezentos repentistas de todo o Brasil.
Com a realização do XXXVIII Festival de Violeiros do Norte e Nordeste Teresina se transformou na Capital do Repente e nos ofereceu informações preciosas para montagem de estratégias dos próximos encontros.
O evento cresce em números assustadores. O tempo disponível para a apresentação das duplas tornou-se insuficiente, em face da grande quantidade de violeiros vindos de todo Brasil.
Por outro lado, o festival ao abrigar um número expressivo de principiantes tira a oportunidade de apresentação de renomados violeiros do Brasil, deixando o auditório, de certo modo, insatisfeito.

quinta-feira, agosto 18

TERESINA, A CAPITAL DO REPENTE


Neste final de semana, com a realização do XXXVIII FESTIVAL DE VIOLEIROS DO NORTE E NORDESTE, organizado pela Associação dos Violeiros e Poetas Populares do Piauí, Teresina transformar-se-á na Capital Mundial do Repente. O evento teve início às 19.00h do dia 19, sexta-feira e se encerrará hoje, dia 21, e faz parte das festividades em comemoração pelo 159° aniversário da Capital piauiense.
Na década de 1960 do século passado, com o advento de modernos e cativantes meios de comunicação e o falecimento dos grandes luminares da poesia popular no Brasil, o cordel e o repente entraram em flagrante declínio e caminhavam a passos largos para o seu total desaparecimento da face da Terra.
Preocupados com o estágio agonizante da poesia popular (o repente e o cordel), importante manifestação cultural do povo nordestino, resolvemos lutar obstinadamente pelo seu soerguimento e, em 1971, com ajuda de amigos, devotados à mesma causa, realizamos o I FESTIVAL DE VIOLEIROS DO NORTE E NORDESTE, que contou com a participação de dezenas de repentistas de vários Estados do país, cujo sucesso nos encorajou mais ainda a continuar a nossa luta em busca de maiores conquistas.
Em 1974, realizamos o II FESTIVAL DE VIOLEIROS DO NORTE E NORDESTE, e desde então o evento vem se sucedendo anualmente, com sucesso absoluto, em virtude da vigorosa determinação dos gestores da Associação dos Violeiros e Poetas Populares do Piauí e o valioso incentivo da Prefeitura Municipal de Teresina, do Governo do Estado do Piauí, do Ministério da Cultura, e especialmente, do Grupo Claudino, na pessoa do seu titular e Patrono dos Violeiros, João Claudino Fernandes, além de outros colaboradores.
Sentimo-nos plenamente compensados, porque a nossa luta alcançou os seus objetivos. A partir da nossa iniciativa o cordel e o repente se revitalizaram. Seguindo o nosso exemplo, várias entidades congregadoras de poetas populares foram instituídas pelo Brasil a fora: casas de cantadores foram fundadas; festivais de violeiros foram e continuam sendo realizados em todo o país; o cordel se urbanizou e alcança atualmente o mais alto nível de publicação de todos os tempos, tornou-se objeto de teses de mestrado em muitas universidades, e através de um projeto de nossa autoria denominado “Cordel nas Escolas”, está presente nas salas de aula da maioria das escolas do Nordeste brasileiro, como instrumento auxiliar para o desenvolvimento cultural da classe estudantil de modo geral.
O FESTIVAL DE VIOLEIROS DO NORTE E NORDESTE, realizado por nós em Teresina, anualmente, no mês de agosto, já se consagrou como o “maior festival de violeiros da Terra”, por contar com a participação de uma média de duzentos repentistas de todo o país, com uma importante singularidade: não há julgamento nem discriminação; poetas famosos e anônimos dividem o mesmo palco. Essa prática tem incentivado e facilitado a ascensão de novos talentos ao estrelato da fama, como é o caso dos poetas Edmilson Ferreira, Zé Viola, Hipólito Moura e tantos outros, que daqui partiram para a glorificação e o sucesso profissional.
Trabalhar com cultura não é fácil, especialmente no Piauí, em virtude da carência de recursos, e nós não estamos imunes a essas dificuldades. Entretanto, com a ajuda de amigos e colaboradores, determinação e amor à arte do repente, estaremos encerrando hoje à noite o XXXVIII FESTIVAL DE VIOLEIROS DO NORTE E NOSDESTE, com a participação dos maiores repentistas do Brasil.
Sentindo na alma a agradável sensação do dever cumprido, agradecemos a todos aqueles que colaboraram para o êxito absoluto do maior festival de violeiros da Terra.

sexta-feira, agosto 12

Estrofe da Semana:


Entre o mal e entre o bem
Com os dois faço união
Gosto de fazer amigos
Menos de bajulação
Que amizade muito estreita
Enlouquece a ingratidão.
                        (Jó Patriota)