A natureza muda o clima
O céu parece envolvido
Nuvens passeiam em cima
Do tapete enverdecido
Os passarinhos revoam
E uma canção entoam
Da mais linda melodia
Anunciando o inverno
É a voz do Pai Eterno
Que a fartura anuncia.
O lavrador vai pra roça
Cheio de toda esperança
Numa safra que lhe possa
Ofertar grande bonança
De enxada cava a terra
Planta no sopé da serra
A semente redentora
Na fé incansável em Deus
Pra criar os filhos seus
No produto da lavoura.
Num espetáculo bonito
O trovão abala o céu
Como se a voz do infinito
Nos ofertasse um troféu
Relâmpago corta o espaço
Deixando nas nuvens traço
Do poder da natureza
Águas descendo da serra
Banhando a face da terra
Na formação de represa.
Os riachos se transformam
Em potentes corredeiras
Grotas se juntam e formam
As mais belas cachoeiras
Na força bruta indomável
Numa visão formidável
Vêem-se os açudes sangrando
A natureza enfeitada
E uma amostra afinada
À alegria saudando.
Nas pesquisas consagradas
A natureza apresenta
Centenas de toneladas
De água pura suspensa
As nuvens vão caminhando
Da terra se aproximando
Para a chuva oferecer
Foi tudo bem programado
Deixando o homem amparado
Da sapiência o poder.
As nuvens mudam de cor
O sol parece escondido
Da planta nascendo a flor
Num tapete colorido
A flor gerando a semente
Deixando o homem contente
No santuário da vida
É pura consagração
Da terra a geração
Numa graça prometida.
O inverno no sertão
É um filme de beleza
No estrondo do trovão
Cai água na correnteza
Como um adeus ao estio
Inicia-se o plantio
Para uma safra segura
Agora é só confiar
Pedindo a Deus pra ajudar
E aguardar a fartura.
A seca desaparece
Quando o inverno é chegado
Esperança nasce e cresce
Com o terreno molhado
A safra fica madura
Só se conversa em fartura
Renasce a felicidade
Não existe sofrimento
O povo tem alimento
Pra sua necessidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário